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Alckmin: interior tem PIB de país e precisa de autonomia

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Mensagem por Admin Seg Nov 14, 2016 7:11 pm

Governador defende descentralização para que municípios tenham independência financeira e não ‘fiquem pedintes’

Wilson Marini
Rede APJ

Na última quinta-feira, o governo do Estado promoveu um grande encontro político no Memorial da América Latina, na capital, para anunciar a destinação de recursos da ordem de R$ 2,46 bilhões para os municípios paulistas.
Estavam presentes, além do governador Geraldo Alckmin e das equipes das secretarias e empresas estaduais, mais de 600 dos 645 prefeitos paulistas.
Foi a primeira reunião do gênero, que não irá se repetir tão logo, porque Alckmin pretende prosseguir o contato com as cidades em reuniões regionais ao longo de 2013. Serviu de catarse, devido às conhecidas lamúrias dos prefeitos em relação às suas dificuldades financeiras, e ao mesmo tempo de injeção de ânimo com o esperado anúncio coletivo de investimentos em áreas sociais e de infra-estrutura.
Dia seguinte, na sexta-feira, em seu gabinete, Alckmin recebeu a Rede APJ (Associação Paulista de Jornais), da qual faz parte O VALE, com uma visão otimista do Interior Paulista, que qualifica como “um país”, porque “tem PIB de país, grande riqueza e qualidade de vida excepcional”.
Alckmin defendeu a descentralização de recursos, a autonomia em lugar do paternalismo e o fortalecimento dos municípios, onde vivem as pessoas. Leia os principais trechos da entrevista:


O que se nota nos últimos anos é uma concentração de investimentos empresariais nas regiões mais próximas da capital. Como o senhor planeja o Estado como um todo, levando em consideração as regiões ainda não diretamente beneficiadas pelo ‘boom’ da economia?
Temos dois fenômenos mundiais. Estudei muito isso nos seis meses que fiquei em Harvard, em 2007. Um é a urbanização. Mais da metade da população mundial mora em cidades, nunca houve isso. No Estado de São Paulo, o índice de urbanização é de 92%. O mundo tende à urbanização. As pessoas migram à procura de emprego, de oportunidades, para a sua subsistência, e os empregos estão cada vez mais na área de serviços, nas cidades.
Na indústria, há a robotização e na agricultura, a mecanização. Muita gente que morava na área rural, hoje mora na cidade.
O segundo é a metropo-lização. A Grande Tóquio tem 36 milhões de pessoas; Nova Déli, na Índia, 24 milhões, e a Grande São Paulo, 22 milhões de habitantes, é a terceira maior região metropolitana do mundo. E outras vão se formando -- Vale do Paraíba, Sorocaba... Como evitar essa concentração? Estimulando investimento em outras regiões.

Como isso é possível?
Temos procurado potencializar a vocação econômica de cada região. Por exemplo, na região de Presidente Prudente, a regularização fundiária vai ajudar muito. Com infra-estrutura: aeroportos, estradas, ferrovia, sistema de telecomunicação. Decidimos levar a Unesp somente para regiões que mais precisam e com isso foram criados sete novos campi, nenhum deles em regiões mais ricas. A universidade nessas regiões faz a diferença. No Vale do Ribeira, a melhora é nítida na qualidade de vida e as pessoas evitam migrar.

O que o senhor destaca em relação à infra-estrutura?
Todas as entradas do Estado estão sendo duplicadas. A rodovia Euclides da Cunha vamos entregar em 90 dias, são 158 quilômetros de duplicação, do Paranazão para Mirassol, perto de Rio Preto. A Raposo Tavares, de Presidente Epitácio a São Paulo, vamos recuperar todo o trecho entre Ourinhos e Itapetininga. Na Hidrovia Tietê-Paraná, vamos investir R$ 1,6 bilhão, dos quais R$ 700 milhões do Estado e R$ 900 milhões do governo federal, trazendo-a até Piracicaba, integrando com a ferrovia.
Para reduzir desigualdades, lançamos na área social um programa exclusivo para os 100 municípios com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Mas a faixa abaixo da pobreza está na periferia metropolitana. Os grandes desafios estão também nas bordas das metrópoles.

Qual é o papel reservado às cidades e as administrações municipais no contexto da globalização?
O gestor moderno é um bom aplicador do dinheiro público e também o grande animador da atividade empreendedora. Além de recolher os impostos e aplicar bem, em benefício da população, tem que ter um grande papel de atrair atividades empreendedoras. De estimular o empreendedorismo.
O governo não gera empregos, só de forma complementar. Quem cria riqueza é o setor privado, na agricultura, na indústria, nos serviços, turismo e comércio. Estimular a vocação regional. Temos 67 estâncias turísticas, mas qual município que não tem potencial turístico? Então, vamos apoiar mais de 400 municípios de interesse turístico.

Os municípios não estariam dependentes do governo do Estado? Não deveriam ter capacidade para resolver certas questões básicas sem recorrer ao Estado?
Temos o cuidado de não ter uma política paternalista, mas precisamos ser parceiros do governo que está mais perto do povo. É importante fortalecer o governo local porque é quem mais conhece os problemas da cidade, é quem mais pode melhorar a qualidade de vida da população.
É preciso ter descentralização. Quanto mais fortalecermos o poder local, mais beneficiamos a população. Não queremos ir lá fazer obras. Queremos apoiar os municípios para que eles executem os serviços e as obras. Precisamos fazer um trabalho pela descentralização. O Brasil tem uma cultura centralizadora. Vem desde a época do Brasil Colônia.

http://www.ovale.com.br/brasil/alckmin-interior-tem-pib-de-pais-e-precisa-de-autonomia-1.383931

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